Sobrevivências do realismo, naturalismo e romantismo na pintura e no cinema soviéticos

  • Moisés Wagner FrancisconUniversidade Federal do Paraná
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RESUMO

O cinema da escola do realismo socialista não desapareceu após a renovação artística que a cinematografia soviética apresentou nos anos 1950 e 1960. Sempre encontrou espaço no cinema histórico, em especial o de tema mais ufanista de todos: a Grande Guerra Patriótica de 1941-45. Filmes como Ozvobozhdenie, de 1969, ou Bitva za Moskvu, de 1985, de Yuri Ozerov, apresentam composições, ângulos, detalhes derivados das pinturas feitas por artistas do realismo socialista imediatamente após a guerra, especialmente entre os anos de 1945 e 1953, anos em que Stalin esteve à frente do país e Zhdanov, falecido em 1949, objetivava ditar os caminhos da arte. Por mais que parecesse fruto do desejo de uns poucos homens no Kremlin, essas pinturas estavam ligadas a uma estética que pouco possuía de revolucionária e que pode ser facilmente identificada na segunda metade do século XIX. Suas raízes são profundas. A análise dessas reminiscências e ciclos de repetições visuais gerou vários modelos teóricos ao longo do tempo. Alguns já sofreram releituras e reformulações. Os desdobramentos desses diagnósticos baseados em indícios permitem apreciar as várias facetas das imagens. Em especial, o que a iconologia de Warburg e a história social da arte de Hauser tem a dizer.

BIOGRAFIA DO AUTOR

Moisés Wagner Franciscon, Universidade Federal do Paraná

Graduado, especialista, mestre pela Universidade Estadual de Maringá. Doutorando pela UFPR.
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