Uma Rosa vermelha no jardim político brasileiro: A Liga Socialista Independente entre o Luxemburguismo e o Trotskismo

 

RESUMO

 Este artigo trata da posição original, ainda não reconhecida, da Liga Socialista Independente (LSI), na história do marxismo brasileiro. Conhecida carinhosamente como a Liga, este agrupamento paulista nasceu em contraposição a reorganização da Quarta Internacional no Brasil. Fruto de militantes que romperam com os novos caminhos trilhados pelo movimento trotskista internacional, seus fundadores aproximaram-se do luxemburguismo ao relacionarem a polêmica de Rosa Luxemburgo com Lenin sobre a concepção de partido e construção do socialismo na URSS à crítica ao bolchevismo, tanto em sua vertente stalinista quanto trotskista. Contudo, sua leitura da realidade, explicitam sua dívida para com o trotskismo, sempre presente na organização desde suas origens. Assim, nasceu uma rosa vermelha, que entre o luxemburguismo e o trotskismo inaugurou um espaço novo dentro do campo marxista brasileiro, se posicionando contra o stalinismo, àquela altura nacional-reformista, do Partido Comunista do Brasil (PCB).

BIOGRAFIA DO AUTOR

Lineker Noberto

Doutorando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor substituto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) campus IV Jacobina. Membro Pesquisador do Laboratório de História e Memória da Esquerda e Lutas Sociais da Universidade Estadual de Feira de Santana (LABELU/UEFS).
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