O cativeiro sentimental da escravizada: o corpo da mulher negra em perspectiva
Núbia de Sousa Rodrigues[1]
[1] Formada em História pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Mestre em História Comparada
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora do Núcleo de
pesquisa sobre educação, corpos, história e memórias negras da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (NECOHM/UERJ).
Resumo
Analisaremos neste artigo, a partir da leitura crítica de
duas personagens literárias retratadas na obra O Mulato, de Aluísio
Azevedo: Domingas e Mônica, a relação entre maternidade e escravidão. Nos
valendo do aporte da História Social, buscamos discutir a relação desses
sujeitos dentro do sistema escravista. Por conseguinte, além da obra em si, nos
valeremos de anúncios de aluguel e venda da primeira metade do século XIX, nos
jornais Diário do Rio e Jornal do Commercio, para refletirmos
acerca dos usos do corpo da mulher negra e sua relação com seus filhos e o
mundo do trabalho.
Palavras-chaves: História; Literatura; Século XIX; O Mulato; Ama de leite.