Demonologia e religiosidade: o Diabo no imaginário colonial

 

  • Lucimar Felisberto SantosSecretaria de Educação de Guapimirim e de Duque de Caxias

RESUMO

No âmbito de um movimento intelectual que elegeu a mentalidade como possibilidade analítica para melhor compreender complexidades das sociedades modernas no século passado, importantes estudos tematizaram a demonologia. Neste texto, recupera-se a atualidade de alguns dos argumentos defendidos por seus autores para uma reflexão sobre o imaginário religioso do Brasil colonial. Em tela o sentido da construção e da instrumentalização da personalidade da personagem Diabo. Esta construção foi transmigrada do sistema religioso europeu cristão para dar sentido à hierarquia e à legitimidade construídas para colonizar culturas religiosas de outros povos, destacadamente aquela trazida pelos africanos na travessia do Atlântico e que vem, sucessivamente, sendo transferida aos seus até os dias de hoje.

BIOGRAFIA DO AUTOR

Lucimar Felisberto Santos, Secretaria de Educação de Guapimirim e de Duque de Caxias

Pós-doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015); Doutora em História Social do Brasil pela Universidade Federal da Bahia (2013); Mestra em História pela Universidade Federal Fluminense (2006) e; Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense (2003). Experiência em pesquisas e estudos sobre História, Historiografia e Relações raciais no Brasil Colonial, Imperial e Republicano, com ênfase nas especificidades da história do Rio de Janeiro, escravista e urbano; sobretudo nas mudanças conjunturais ocorridas na virada dos séculos XIX ao XX. Principais temas de interesse: escravismos e processos abolicionistas; experiências sociais de crioulos, africanos e afro ? descendestes; conformação do "mercado de trabalho" livre e assalariado; processos de racialização das relações sociais; Pós-Abolição; processos diaspóricos.
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