Entre a Bíblia e o Oxê: perseguição às comunidades religiosas de matrizes africanas

 

  • Lucas Obalera de DeusEscola Livre Ubuntu de Filosofia e Teologia Afrocentrada

RESUMO

O presente artigo se inscreve numa discussão a respeito da perseguição às religiões de matriz africana nos dias atuais. Nesse sentido, procuramos caracterizar e compreender a dinâmica das tensões e conflitos religiosos que envolvem as religiões de matriz africana e as denominações evangélicas “neopentecostais” na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Tem a finalidade de analisar cinco casos de perseguição às religiões de matriz africana noticiados pela mídia carioca e, desse modo, construir um conhecimento acerca do cenário de agressão física, verbal, simbólica e psicológica às religiosidades de matriz africana. Por meio destes cinco casos, pretende-se pontuar diversos elementos que constituem o complexo cenário de cerceamento da liberdade religiosa das comunidades-terreiro. Nesse sentido, o racismo, fator incisivo e inerente às tradições e práticas negroafricana no Brasil, torna-se uma categoria analítica central na tentativa de ampliar o significado e sentido das múltiplas violências, bem como da atualização e permanência histórica das mesmas.

BIOGRAFIA DO AUTOR

Lucas Obalera de Deus, Escola Livre Ubuntu de Filosofia e Teologia Afrocentrada

Bacharel e licenciatura em Ciências Sociais pela PUC-RIO. Pesquisador na área de relações étnico-raciais, atuando principalmente nos seguintes temas: racismo, raça, racismo cultural-religioso, intolerância religiosa, religiões de matrizes africanas, neopentecostalismo e diálogo inter-religioso. Atualmente realiza a pesquisa “Por uma perspectiva afrorreligiosa: estratégias de enfrentamento à intolerância religiosa”, financiada pela Fundação Heinrich Böll. Coeditor do Jornal Nuvem Negra. Ativista da Escola livre Ubuntu de Filosofia e Teologia Afrocentrada.
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