Geraldo Magalhães: um artista negro no pós-abolição (1878-1970)
Juliana da Conceição Pereira[1]
[1] Doutora em História Social pelo PPGH-UFF
com bolsa Capes. Mestre em História pela mesma instituição. Se graduou em
História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
jcpereira@id.uff.br
Resumo
Esse artigo tem como objetivo apresentar a
trajetória artística do cantor negro Geraldo de Magalhães, cuja carreira se
desenvolveu entre o final do século XIX e meados do século XX. Nascido na
cidade de São Gabriel (RS), o artista mudou-se para o Rio de Janeiro e lá se
constituiu como cantor de modinhas brasileiras. Geraldo Magalhães utilizou
diferentes estratégias para se afirmar enquanto um artista respeitado. Chegou a
se apresentar em palcos do Brasil, de Portugal e da França em um movimento
pioneiro de circulação pelo mercado transnacional de entretenimentos. Desse
modo, a partir da análise de documentação de imprensa do período consistindo em
textos e fotografias, em diálogo com relatos de memorialistas, o trabalho
investigará quais foram as estratégias acionadas pelo artista na construção de
sua carreira. E objetiva ainda resgatar a história de um multiartista negro pouco abordado pela
historiografia.
Palavras-chaves: Geraldo Magalhães; Músicos Negros; Teatro de Revista; Pós-Abolição.