Registros audiovisuais e intelectuais mediadores: continuidades históricas africanas vivenciadas pelas lideranças reinadeiras da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Samuel Pereira Avelar Júnior[1]

 

 DOI: 10.5281/zenodo.10701281



[1] Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGH/UNIRIO). Pesquisador do Grupo de Trabalho Emancipações e Pós-abolição em Minas Gerais. Professor de História Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves. Pesquisador do projeto Passados Presentes: patrimônios e memórias negras e afro-indígenas em Minas Gerais (CNPq). Mestre em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (2019 - PGHIS/UFSJ). Bacharel (2016) e Licenciado (2016) em História pela mesma universidade. savelarjr@gmail.com


Resumo

O presente artigo tem como principal objetivo apresentar e problematizar as formas que os grupos e lideranças do Reinado da Região Metropolitana de Belo Horizonte se mantém nas inovações e manutenções de suas tradições. As festas de coroações dos reis do Congo são compreendidas como espaços políticos de resistências culturais, históricas e sociais herdeiras do continente africano. Os registros audiovisuais são percebidos como ferramenta de acesso analítico às continuidades históricas estabelecidas por três lideranças representantes de distintas gerações do Reinado na região: Arthur Camilo Silvério (Os Arturos | Contagem – MG), Gentil Lúcio de Jesus (Guarda de Congado N. Sra Rosário | Raposos – MG) e Luan Martins (Moçambique União do Rosário | Lagoa Santa - MG). As análises são desenvolvidas a partir da compreensão de que essas lideranças são intelectuais mediadores, pois desenvolveram ao longo do tempo projetos políticos e sociais em suas comunidades e, ao mesmo tempo, traduzem para diferentes públicos as sabedorias do universo do Reinado. Por meio de interpretações específicas para pesquisas das fontes audiovisuais, é feito o debate a respeito desses entendimentos, além de suas potencialidades e desafios para as comunidades tradicionais, científicas e patrimoniais.  

 

Palavras-chaves: Reinado; Minas Gerais; Audiovisual; Cultura negra

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